sexta-feira, 6 de junho de 2014

Quarta expedição do Projeto Sisbiota-Diptera

A quarta expedição organizada pelo projeto Sisbiota-Diptera ocorreu entre 4 e 14 de dezembro de 2011, no Mato Grosso do Sul. Foram visitadas a Base de Estudos do Pantanal (BEP), em Corumbá, a Serra da Bodoquena e Porto Murtinho.

A equipe foi formada pelos pesquisadores Dr. Carlos Lamas (MZUSP), Dr. Silvio Nihei (IBUSP) e Dra. Cátia Antunes Mello Patiu (MNRJ). Também fizeram parte da expedição os alunos Carolina Yamaguchi (MZUSP), Priscylla Arruda (MZUSP), Filipe Gudin (IBUSP), Mayra Sato (IBUSP), Daniel Alcântara (IBUSP), Thiago Mateus (UFMS) e os técnicos Leandra Nascimento (MZUSP), Sarah Carrião (MZUSP), Antonio Mollo Neto (MZUSP), Sharlene A. da Silva (MNRJ), M.Sc. Alberto da Silva Neto (UEFS) e Liliana Piatti (UFMS). Não podemos deixar de destacar a participação voluntária do Sr. Claudemir Patiu.
O objetivo principal dessa expedição foi o de retornar às localidades no Pantanal do Mato Grosso do Sul e Serra da Bodoquena onde havíamos instalado as armadilhas malaise permanentes, verificar seu estado de conservação e efetuar substituições, caso fossem necessárias, além de realizar novas coletas com armadilhas diversas e coletas ativas diurna e noturna nas diferentes localidades.
Outro importante objetivo desta expedição foi o de instalar estruturas flutuadoras nas três malaises permanentes que estão instaladas na área da BEP, no pantanal do rio Miranda, já que estas se encontram em áreas que deverão alagar no auge da estação das chuvas.
A expedição ocorreu no início da estação chuvosa, no final da primavera. Conseguimos montar as três estruturas flutuantes nas malaises permanentes deixadas na Base de Estudos do Pantanal, em Corumbá. Como o estado de preservação destas armadilhas era bom, apesar de estarem em uso por quase quatro meses, optamos por mantê-las e inseri-las na estrutura flutuante. O mesmo bom estado de preservação foi observado nas outras seis malaises também instaladas no estado (três em Aquidauana e três na Serra da Bodoquena), não tendo sido necessário efetuar substituições. 

Desta vez fomos até Porto Murtinho, cidade localizada na porção final da Serra da Bodoquena, importante do ponto de vista biogeográfico por marcar a transição entre o chaco, o pantanal, o cerrado e a mata semidecidual. A cidade é considerada a ultima guardiã do rio Paraguai e portal-sul do Pantanal. Lá foram instaladas mais três malaises permanentes. Outras malaises foram instaladas para coleta apenas durante a expedição; diferentes métodos de captura foram utilziados nas localidades visitadas: barraca de Shannon, armadilhas Van Someren-Rydon com iscas de peixe e frutas, armadilha luminosas do tipo CDC, coleta noturna utilizando gerador, lâmpadas de alta potência e lençóis brancos, pratos amarelos e ainda coleta ativa com o auxílio de redes entomológicas. Redes de Neblina foram usadas para captura de ectoparasitas de aves e morcegos.
Aguardem aqui nesse blog mais informações sobre os resultados obtidos na expedição, com identificação de espécimes e descrições de novas espécies de dípteros!